Quando se afirma que a Física é uma ciência exata, o que se quer dizer é que suas leis, uma vez expressas em forma de equações matemáticas, descrevem e predizem os resultados de medidas quantitativas precisas. A vantagem de uma teoria física quantitativa não é apenas ser prática, mas dar aos cientistas o poder de prever com precisão·e de controlar o fenômeno natural. Comparando-se os resultados de uma medida precisa com as previsões numéricas da teoria, pode-se confiar em sua correção, podendo-se também determinar os aspectos que precisam ser modificados. É, muitas vezes, possível explicar, grosseiramente, um dado fenômeno de várias maneiras qualitativas e, uma vez satisfeitos, pode ser impossível decidir sobre a teoria correta, mas, quando a teoria dada pode prever com certeza o resultado de medidas com até quatro ou cinco (ou mesmo dois ou três) algarismos significativos, imagina-se logo que não deverá estar muito errada. Concordância grosseira pode significar coincidência, mas muito próxima certamente não. Existiram, no entanto, muitos casos na história da Ciência que uma pequena, porém significante, discrepância entre teoria e medida exata levou ao desenvolvimento de novas e mais completas teorias. Estas pequenas discrepâncias não teriam nem mesmo sido detectadas se o pesquisador estivesse satisfeito com uma simples explicação qualitativa do fenômeno.
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